E hoje em dia eu gostaria justamente de agradecer, a todos vocês, por nunca me deixarem ser um Power Ranger Vermelho. Meus sinceros agradecimentos, a todos vocês, que apesar de serem crianças, nunca enxergaram em mim um líder, um herói de verdade ou um novo messias das artes marciais. Obrigado também por me reconhecerem como um Power Ranger. Apesar de Azul, eu era um Power Ranger. E estava sempre ali, com todos vocês: o Verde, o Branco, a Amarela, a Rosa, e é claro, com o Vermelho. Apesar de não desempenhar um papel tão importante no nosso grupo, aprendi muito nessa fase tão importante da vida. Eu estava ali, observando e aprendendo. Aprendi mais do que centenas de golpes de kung-fu, manuseio de armas ou como evocar o Megazórde. Aprendi a viver. Aprendi a viver como um legítimo Power Ranger Azul.
Não sei se isso é sinal de velhice, mas às vezes a nostalgia parece ser a maior inimiga. Não lembro se aprendi a derrotá-la no tempo em que lutávamos juntos. Sempre me lembro do tempo em que lutávamos juntos! E espero contar todas as nossas histórias para meus filhos e netos. Torço para ter uma boa resposta para quando for indagado: “Por que você não era um Power Ranger Vermelho?”. No fundo acho que não saberei o que responder. Não sei se as crianças estão preparadas para estas respostas complexas da vida. Também não gostaria de negar que sou um Ranger Azul. Não faço mais questão da minha identidade secreta, como na infância. Descobri, ainda que tardiamente, que quando se é um Ranger Azul, sua identidade não importa muito.
E sobre vocês, Power Rangers do bairro e de todas as partes do mundo. E sobre vocês? Vocês ainda são verdadeiros Power Rangers? Ainda mantêm identidades secretas? Ainda salvam o mundo? Como eu gostaria de estar com vocês outra vez...
Ahh, sobre o que eu estou falando? Todos vocês ainda devem estar ocupados demais para dar atenção para um mero Power Ranger Azul...
Como faço um texto de uma menina que era o power ranger vermelho?
ResponderExcluireu era a power ranger amarela e tinha um viaduto amarelo que era meu!
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