Tenho um estranho despertar
Tenho vontade de merda escrever
Ou poesia cagar?
E a culpa, em quem colocar?
No livro insano que ontem eu li?
Na feijoada enlatada que ontem comi?
A vingança interna não cabe mais em mim
O desejo de justiça e liberdade se espreme pra sair
Sento na privada, só me vem devaneios sem fim
Penso na amada, só vem aquele cheiro ruim a subir
Me tire daqui! -A poesia implorando a gritar-
Me tire deste corpo apertado que já não me suporta
Dê descarga, e mande ao esgoto o que já não importa
A merda, por sua vez, só quer se eternizar:
Me passe para o papel! É assim que quero partir
Entre o lixo e o incômodo biológico do existir
Olhem bem que homem me tornei!
Não sei o que declamar, ao que limpar
Mas sei bem o que farei
Se acaso me permitirem delirar.
Delírios são sempre assim, ou dão certo ou dão em merda...
ResponderExcluirPoesia também!!!
Como diz Manoel de Barros: tudo que não presta serve para a poesia
ResponderExcluirfoda!
ResponderExcluir