sábado, 8 de outubro de 2011

Poema das Sete Putas

Quando cresci, um amigo gordo
desses que vivem de sobras
disse: Vai, Igor! conhecer a razão da vida.

De nossas casas saímos como homens
correndo atrás daquelas mulheres.
A noite talvez fosse finalmente,
aquela que saciaria tantos desejos.

E meu bonde queria passar entre pernas:
Pernas brancas, pretas, amarelas.
Abre logo essas pernas, meu Deus, gritava o meu tesão.
Porém diante dos meus olhos
não subia nada.

A mulher atrás das pernas
era séria, feia e barata.
Quase não conversava.
Em poucas vezes, raras vezes
perdoava o homem que brochasse.

Meu Pênis, por que me abandonaste
se sabias que disso eu pouco sabia
se sabias que eu era fraco.

Pênis pênis, vamos, pênis
se eu comesse todo mundo
até te perdoaria, mas agora não.
Pênis pênis, vamos, pênis.
mais vale você que meu coração.

Eu não devia dizer
mas essa história
com essa puta, feia como diabo
foi a primeira das sete que comi.