domingo, 4 de julho de 2010

Soneto de Um Incompleto

Ao tempo, que és tão generoso contigo
Aditando-a às belezas inofensivas,
Vai propondo-a às fraquezas mais vivas
Meu amor contendo-me n'um jazigo.

Em meu peito, um enorme desabrigo
Saúda minhas lembranças primitivas
Sufocando-me naquilo que te privas,
Onde sem ter alternativas, te bendigo:

Volte! Aos braços ainda te pertencem
E recomponha-me ao que nos espera,
A infinidade de uma alegria.

A angústia que aos poucos incinera
Os sonhos nascidos da mais pura agonia
De razões e emoções que se dispensem.

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