sábado, 11 de dezembro de 2010

Y

Você me faz preferir as belas.
Cessando-me - a este jogo individual
Propondo-me a crueldade dos pensamentos
Afogados na desordem de uma certeza

Contra o ar ainda insisto,
Resistindo às manhãs
Anoitecidas
Pelo tempo deste seu não-querer

Nem mais a dor
Da distância - regada aos seus pés
Refaz-me um inconsciente
À parte - desta ironia
Forjada por fardos
De destinos passados

Me ponho, sempre, a observar
Entre tantas ideias e ilusões
Me apegando - às sombras
Tentando, em suposta lucidez,
Ser alheio aos seus devaneios vitais

À sua moda, mudo.
Aos seus caprichos, tudo.

Mas se os caminhos
Destas perdições, longas,
Mostra-me saídas
Recuo.
Recuso.
Se não sei o certo,
Prefiro o erro.

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